ESCOLA
PÚBLICA DE TEMPO INTEGRAL
O governo vai liberar 1,4 bilhão de
reais até o final do ano para ampliação do ensino em tempo integral nas escolas
públicas. No semestre passado o valor já fora cogitado e anunciado e foi
confirmado para o segundo semestre. Os dados
divulgados sobre o desempenho dos alunos de ensino médio da rede pública, no
IDEB, dão claras demonstrações do muito que se tem a fazer para um ensino
público de qualidade. A taxa de evolução não subiu nos últimos dois anos,
manteve-se no índice de 3,4 entre a avaliação de 2009 e 2011. No ensino
fundamental houve pequena melhora, com o índice de 5,0.
Sabemos como educadores que os
índices são ainda muito baixos, assim como baixos são os investimentos
concretos em setores essenciais à educação: como infraestrutura das escolas
para que tenham condições de oferecer ensino em tempo integral (a maioria de
nossas escolas não possuem tamanha capacidade e estrutura operacional);
salários condizentes ao status que o profissional da área necessita; maior disciplina
tanto nas escolas, como por parte dos alunos e dos pais; não devemos apenas
inchar as escolas de alunos - manhã e tarde - que a educação vai melhorar.
Há que se ter um planejamento estrutural para
comportar os alunos sem aumentar o número razoável de alunos por sala, sem
sobrecarregar o professor e que haja condições decentes e dignas aos
educadores: maior número de funcionários (inspetores, coordenadores de turnos,
equipe de manutenção, de serviços gerais, salas confortáveis e aprazíveis,
material didático, salas de informática, salas para oficinas, atividades
extras, cursos, aulas de reforço, etc.). Educação é coisa séria. É trabalho
árduo em longo prazo, mas com iniciativas para ontem!
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