3° ANO ENS. MÉDIO


1º Bimestre


Período de Paz Armada: Guerra Fria

   
Ordem Mundial Bipolar após II Guerra Mundial
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativos
(Fonte: Guerra Fria)
 Texto atualizado em 30/03/2015 às 07h51
Desde agosto de 1945, quando – na intenção de forçar a rendição do Japão - os EUA lançaram duas bombas atômicas (nucleares) em seu território, sendo primeiro na cidade de Hiroshima, no dia 06 de agosto e a segunda, em Nagasaki, no  dia 09 do mesmo mês, atingindo o seu objetivo e assinalando o final da II Guerra Mundial (1939-1945), a humanidade poder constatar o poder de destruição em massa deste armamento e passou a viver sob o temor de um futuro conflito direto, capaz de envolver países que possuíssem esse tipo de material bélico (armas nucleares). 

O mesmo temor e preocupação que perdurou durante a chamadaGuerra Fria, período conhecido pelo embate indireto entre os EUA e a antiga URSS, cada qual possuindo o seu arsenal nuclear e suas respectivas zonas de influência (países aliados).  

Com o fim da II Guerra Mundial e a vitória dos Estados Unidos da América (EUA) e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS ou CCCP), a nova Ordem Mundial tornou-sebipolar, isto é, o mundo passou a se estruturar e a se organizar, em termos político, econômico e militar, a partir da influência entre ambas, as superpotências, a qual vigorou até o final da década de 1980 e início dos anos 90 do Século XX.


Imagem do meu acervo particular

(Fonte: Geografia, Sociedade e Espaço, W. Vesentini)


No entanto, essa disputa também envolvia sistemas político-ideológicos distintos, totalmente contraditórios em seus fundamentos teóricos e de prática. De um lado, os EUA que lideravam e defendiam o sistema Capitalista, que sempre almejou o lucro, tendo como base uma economia de mercado e a divisão da sociedade em classes sociais, entre outros aspectos. Do outro lado, a URSS na liderança do sistemaSocialistaque baseava-se na economia planificada, no unipartidarismo (partido único) e, inicialmente, na construção de uma sociedade mais igualitária.

Neste cenário pós-guerra, a Europa – palco das duas Guerras Mundiais - ficou dividida politicamente: a Europa Ocidental(capitalista) e a Europa Oriental ou do Leste (socialista).
Vale ressaltar, aqui, que essas expressões (“Ocidental” e “Oriental”) não possuem uma conotação de localização geográfica, isto é, em relação ao ponto de referência longitudinal, a partir do Meridiano de Greenwich, pois a sua base é meramente ideológica, discriminando os países do bloco capitalista (Europa Ocidental) dos demais, pertencentes ao bloco socialista (Europa Oriental ou Leste Europeu). Tendo, ainda, como fronteira geopolítica, a chamada Cortina de Ferro.
Cortina de Ferro foi uma expressão empregada, após a II Guerra Mundial, pelo então, primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, em razão desta divisão geopolítica no referido continente, entre os países de formação capitalista e aqueles sob a influência da União Soviética (socialistas).
Diante da ameaça de expansão do Socialismo na Europa, em razão da localização geográfica da URSS, da situação caótica dos países europeus arruinados pela II Guerra Mundial e dos riscos eminentes da influência soviética sobre os mesmos, inclusive, países do bloco capitalista, em 1947, o presidente Truman (EUA) deu início à uma política de contenção da expansão socialista, a qual ficou conhecida como Doutrina Truman.
Esta política marcou o início de uma grande disputa geopolítica e militar entre ambas potências envolvidas (EUA x URSS) não só a nível continental (Europa) como a nível mundial, gerando um período de grande tensão no mundo inteiro, em razão de ambas conterem arsenal nuclear, isto é, ela marcou o início da Guerra Fria.
termo Guerra Fria consiste no fato de que - na realidade -  não houve um embate direto entre as referidas potências (EUA X URSS). Elas, no entanto, se tornaram patrocinadoras de diversos conflitos envolvendo países sob a influência de uma ou de outra, os quais foram financiados, abastecidos de armamentos, de reforços e outros tipos de ajuda – cada qual– conforme os seus respectivos interesses (a favor do Capitalismo ou do Socialismo).
Guerra Fria: charge mostrando, à esquerda, o líder da URSS, Nikita Kruschev 
e, à direita, o presidente dos EUA, John Kennedy.
Imagem capturada na Internet (Fonte: História por Imagem)
Ainda no mesmo ano (1947), o Secretário de Estado norte-americano, George Marshall, anunciou um plano de ajuda financeira para a reconstrução e reestruturação econômica dos países afetados direta e/ou indiretamente pela guerra. Esse Programa de Recuperação Europeia, conhecido como Plano Marshall ficou restrito aos países da Europa Ocidental e a alguns países asiáticos (Japão, Coreia, Formosa, Filipinas).
Embora, a União Soviética e os países do Leste Europeu tenham sido convidados, Josef Stalin – então Dirigente da URSS - não permitiu a participação de nenhum país sob o seu controle a aceitar o referido Programa.
Inicialmente, os recursos foram destinados à aquisição de alimentos, fertilizantes e rações, mas logo depois, os mesmos foram utilizados para obtenção de matérias-primas, produtos semi-industrializados, combustíveis, veículos e máquinas. Os países conseguiram se recuperar, mas – sem dúvida nenhuma – quem mais prosperou com o referido Programa foram os Estados Unidos.
Neste cenário pós-Guerra, a Alemanha também ficou dividida em quatro áreas, cada qual comandada e administrada pelos EUA, Grã-Bretanha, França e URSS. Em 1949, os países capitalistas (EUA, França e Grã-Bretanha) fizeram um acordo para integrar suas três áreas formando a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e, pelo lado soviético, a Berlim Oriental, passou a se integrar à República Democrática da Alemanha.
Até o ano de 1961, os cidadãos berlinenses não eram impedidos de circular de um lado para o outro da Alemanha dividida, porém com o agravamento da Guerra Fria e mediante a grande ocorrência de migrações de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo socialista da Alemanha Oriental decidiu construir um muro dividindo os dois setores, criando leis que proibiam a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade.
Conhecido como o Muro da Vergonha, o Muro de Berlim é considerado o maior símbolo da Guerra Fria. Sua construção começou no dia 13 de agosto de 1961, sem respeitar casas, prédios ou ruas e, muito menos, as famílias. Para dificultar a fuga, o muro possuía cercas elétricas e valas, além de cerca de 300 torres de vigilância. A ordem era impedir e até mesmo matar quem tentasse ultrapassa-lo.

Imagem capturada na Internet para fins ilustrativos
Construção do Muro de Berlim (Alemanha)
Outra medida tomada por ambas as potências, neste período, foi a formação de alianças militares com o objetivo de fortalecerem os laços com os seus aliados, bem como de se protegerem de possíveis ameaças do inimigo. 

Em 1949, liderada pelos EUA, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e, pelo lado da URSS, em 1955, foi assinado o Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental, conhecido como Pacto de Varsóvia. 

E, ainda, neste período era bastante comum a exposição de arsenais bélicos, inclusive, nucleares em desfiles militares por ambos os lados. O objetivo principal era mostrar a supremacia nesta custosa guerra a partir de seus armamentos nucleares e/ou mísseis de grande precisão etc.



Desfile militar com o supertanque Objeckt 271 ou 2A3 Kondensator 2P na URSS
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativos
Fonte: TecMundo) 


Entre outros aspectos, a Guerra Fria se caracterizou pelo desenvolvimento de tecnologias de ponta, da corrida armamentistadcorrida aeroespacial, sendo também marcado pela “caça às bruxas” e às redes de espionagem, como a CIA(Central Intelligence Agency, em português, Agência Central de Inteligência/1947 - até hoje) e a KGB (Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti, em português, Comitê de Segurança do Estado/1954-1991).
Ficou conhecido como o período da chamada Paz Armada, uma vez que os EUA e a União Soviética nunca chegaram a um embate direto, com uso de armamentos, mesmo cada um tendo suporte para isso, configurando-se mais como um longo período de tensão mundial.
 A Paz Armada - Charge capturada na Internet
  
No entanto, o mundo presenciou conflitos das mais diferentes naturezas financiados e orientados por ambos, com o objetivo primordial de defenderem os seus interesses. Tanto os EUA quanto a URSS procuraram recrutar, para si, o maior número de países aliados.
Como exemplos de guerras e conflitos indiretos, sob a influência tanto dos EUA quanto da União Soviética, durante a Guerra Fria, pode-se citar a Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1975), a Crise dos mísseis em Cuba (1962) e a Guerra do Afeganistão (1979-1989).
 A disputa entre o poder de influência política, econômica e ideológica
da URSS (CCCP) e dos EUA
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativos
Em meados da década de 70, a União Soviética, sem capital suficiente para expandir o seu arsenal bélico, começou a apresentar propostas de desarmamento aos EUA. Situação esta, que já assinalava a crise no próprio sistema socialista.
Além disso, em razão do Socialismo Real se configurar distinto daquele apresentado por Karl Marx e Engels (Socialismo Científico), primando por um regime ditatorial, a própria população se sentia insatisfeita com o regime e a falta de liberdade.
   
Nos anos 80, a crise era eminente devido ao esgotamento do modelo socialista, a problemas da economia planificada, da ausência de liberdades democráticas e da grande diversidade étnica existente em seu território.
Tal conjuntura levou o presidente soviético Mikhail Gorbatchoviniciar um processo de reformas políticas e econômicas na União Soviética, em 1985, que resultou no fim do Socialismo e a fragmentação política do seu território, extinguindo a URSS.
Sob esta mesma conjuntura, no dia 9 de novembro de 1989, ocorreu à queda do Muro de Berlim (Alemanha), à partir da iniciativa dos manifestantes do lado soviético (Alemanha Oriental). A reunificação da Alemanha foi concluída em outubro de 1990. 
Queda do Muro de Berlim
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
(Fonte: Revista Veja)
Não existe um consenso geral sobre a data exata do final da Guerra Fria. Alguns especialistas consideram o ano de 1989, quando ocorreu a queda do Muro de Berlim, como a data que assinala o fim da Guerra Fria. Outros autores, no entanto, consideram o ano de 1991, quando houve a dissolução do Pacto de Varsóvia.
Imagem do meu acervo particular
Fonte: Revista Veja (Edição desconhecida)
Com a crise do Socialismo e a fragmentação da URSS, o Capitalismo sai vitorioso, se fortalecendo ao longo dos anos e predominando como sistema político-econômico no mundo.
 Imagem do meu acervo particular
Fonte: Revista Veja (Edição desconhecida)
Com o fim da Guerra Fria e, consequentemente, com a bipolaridade que marcou o período desde o final da II Guerra Mundial, uma Nova Ordem Mundial foi estruturada, passando de bipolar para multipolar, estando o jogo de poder a economia e envolvendo os principais líderes: EUA, a União Europeia e o Japão.


Imagem do meu acervo particular
(Fonte: Geografia, Sociedade e Espaço, W. Vesentini)
Hoje, cinco países ainda seguem o sistema socialista, são eles:
1. Cuba (em processo de abertura econômica, aos moldes capitalistas, como por exemplo, a indústria do turismo. O Estado ainda controla as áreas da Saúde, Educação e Planejamento);
2. China (“Um governo sob dois sistemas”, isto é, um país de sistema político socialista e sistema econômico capitalisçmta);
3. Coreia do Norte (país socialista mais fechado e radical/ditatorial. O país insiste na obtenção de posse e testes de armas nucleares);
4. Laos (após quase duas décadas de isolamento, o Laos começa a abrir suas portas para o turismo, mas se mantém socialista);
5. Vietnã (abriu sua economia ao capitalismo, apesar de se manter socialista).
Fontes de Consulta
  
. Fontes citadas nas imagens

Guerra Fria
. Material didático (particular)

. Wikipédia (várias edições)


domingo, 14 de abril de 2013


Hoje, além da Coreia do Norte, restam mais quatro países socialistas

Guerra Fria: charge mostrando, à esquerda, o líder da URSS, Nikita Kruschev 
e, à direita, o presidente dos EUA, John Kennedy.
Imagem capturada na Internet (Fonte: História por Imagem)
Antes de entendermos esta preocupação mundial com as ameaças de guerra por parte da Coreia do Norte, precisamos retomar alguns tópicos que envolvem o período da Guerra Fria, inclusive, de sua criação como Estado-Nação e de seu sistema político-ideológico. Maiores detalhes sobre o país farei em uma outra publicação. 
Desde o dia 06 de agosto de 1945, quando os EUA lançaram a primeira bomba atômica (nuclear) na cidade de Hiroshima, no Japão e três dias depois, em Nagasaki, outra cidade japonesa, no final da II Guerra Mundial (1939-1945), a humanidade passou a viver sob o temor de um combate direto, de grandes proporções, capaz de envolver países com armas nucleares (declaradas e/ou não declaradas).
Foi o que aconteceu durante a Guerra Fria, período conhecido pelo embate indireto entre os EUA e a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Após a II Guerra Mundial, a nova Ordem Mundial era bipolar, isto é, o mundo passou a se estruturar, se organizar, em termos político e econômico a partir da influência e da disputa entre estas duas superpotências (EUA e URSS).
No entanto, a disputa também envolvia sistemas político-ideológicos distintos, tendo os EUA na liderança do bloco dos países capitalistas e a URSS no comando do bloco dos países socialistas
termo Guerra Fria consiste no fato de que não houve um embate direto entre as duas potências (EUA versus URSS), mas elas se tornaram patrocinadoras de diversos conflitos envolvendo países de ambos os blocos, os quais foram financiados e orientados – cada qual– conforme os seus respectivos interesses.
 Charge capturada na Internet (Fonte: História por Imagem)
O clima de tensão foi mantido durante todo este período, marcado pela corrida espacial, corrida armamentista, redes de investigação e espionagem (CIA versus KGB), caça às bruxas, entre outros aspectos. A população mundial viveu sob o temor de uma guerra nuclear.
A Guerra Fria teve início em 1947 e o seu término, para alguns autores, se deu no final de 1989, quando houve a queda do muro de Berlim, considerado o maior símbolo da Guerra Fria, que separava a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental, socialista) da República Federal Alemã ou Alemanha Ocidental (capitalista). No entanto, outros autores consideram o ano de 1991 em virtude de ter havido a dissolução do Pacto de Varsóvia (ou Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental), isto é, da aliança militar dos países do bloco socialista.
A crise no Socialismo, o fim da URSS e o desmantelamento quase por total do bloco socialista (países de regimes comunistas), no final dos anos 80 e início dos anos 90 (Século XX), o cenário mundial mudou de forma significativa. Hoje, cinco paísesse mantêm socialistas (regime comunista), são eles: Cuba, China, Coreia do Norte, Vietnã e Laos.
Embora, os referidos países apresentem uma história político-socioeconômica distinta, eles possuem alguns aspectos comuns, tais como a economia baseada na estatização de empresas e da propriedade da terra, assim como são sustentados por uma linha de governo repressiva, de ditadura.
Hoje, mesmo com a ditadura de partido único, estas nações são pressionadas pelo mercado mundial, que impõe a necessidade de adaptações em face da crise econômica. Mas, vale ressaltar aqui, que as mudanças perpassam a nível econômico e não político, tendo em vista a manutenção do governo ditatorial.
Laos, por exemplo, iniciou mudanças econômicas no país, na década de 90 (século XX), após firmar acordos econômicos com o Japão e promover a privatização de empresas estatais, mas governo ditatorial continua, assim como no Vietnã.
Cuba, único país socialista do continente americano, localizado na América Central Insular (mar do Caribe). Após a Revolução Cubana (1959) e o alinhamento do país ao bloco soviético, o país sofreu um embargo econômico, comercial e financeiro por parte dos EUA em 1962, em vigor até hoje. Muitos avanços foram verificados, em sua evolução histórica como país comunista, sobretudo, nas áreas da Saúde, Educação e Esportes. Todavia, como a sua economia era dependente dos recursos da antiga União Soviética (URSS), quando esta foi desmantelada no início dos anos 90 (Século XX), o país entrou em crise. Dificultada ainda pelo embargo econômico dos EUA, Cuba teve ajuda financeira da Venezuela por intercessão do, então, presidente Hugo Chavez e, também, com o crescimento do setor turístico na ilha.
No entanto, com a morte de Hugo Chavez no dia 5 de março deste ano, Cuba ingressou em mais um período de instabilidade econômica, tal como foi por ocasião da dissolução da URSS.
Hoje, a população venezuelana foi às urnas para eleger o novo presidente do país. Os dois candidatos Nicolás Maduro (legado do antigo governo) e Henrique Capriles (opositor) se encontram na expectativa dos resultados da eleições na definição do governante. O primeiro já mencionou a manutenção da ajuda financeira a Cuba, mas o segundo (Capriles) declarou manter a relação diplomática, mas sem regalias nos contratos comerciais.





De acordo com o site DW Notícias, “Cuba tira sua principal fonte de receita da venda de serviços profissionais, em especial médico e educacional, (...). Só em 2011, Caracas pagou a Havana 5 bilhões de dólares pelo serviço de 30 mil médicos e outros 15 mil profissionais cubanos”.

Para reduzir os gastos do Estado, em 2010, o governo cubano anunciou a demissão de 500 mil funcionários públicos e tomou outras medidas, inclusive, com o objetivo de abrir espaço para a propriedade privada. Em 2011, a Assembleia Nacional aprovou uma reforma econômica, com esta mesma meta, que inclui demissões de funcionários.

Dos cinco, a China é o país que apresentou maior flexibilidade na sua posição tanto no âmbito do sistema comunista quanto na crise econômica. Após a morte de Mao Tsé-tung, em 1976, o país passou a ser comandado pelo Partido Comunista Chinês (PCCh), que assumiu o poder e impetrou diversas mudanças na política econômica da China.
Ela manteve a hegemonia do Estado na produção, mas realizou certa liberação econômica ao dispor, próxima à costa litorânea oriental (áreas portuárias, industrializadas e urbanas), na segunda metade da década de 1970, a criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) destinadas à instalação de multinacionais (filiais de empresas estrangeiras), principalmente, japonesas e estadunidenses.
Estas mudanças promovidas pelo Estado foram cruciais para o crescimento do país, que já apresentava diversos fatores locacionais para a instalação de tais empresas estrangeiras em seu território, entre os quais pode-se citar: a existência de mão de obra barata e não qualificada, conjunto de infraestrutura (logística) adequada à entrada do capital estrangeiro, proximidade às fontes de matéria-prima, isenção de impostos por parte do governo, entre outros.
Por sua relativa abertura ao capitalismo, o sistema adotado ficou conhecido como “economia socialista de mercado”, denominado de terceira via.  
Em 1997, o país promoveu um gigantesco programa de privatizações de empresas estatais e, em 2001, tornou-se membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), passando a seguir as regras do comércio internacional.
Se houve mudanças na sua economia, o mesmo não se pode falar da política chinesa, uma vez que esta se manteve aos moldes da linha repressiva de governo ditatorial, socialista, com uso da censura e restrições aos direitos da população (falta de liberdade de expressão).
Coreia do Norte (República Democrática Popular da Coreia), que ultimamente é manchete constante nos principais meios de comunicação devido às ameaças de bomba atômica, é o país mais fechado do mundo e de modelo mais radical sob o princípio do sistema comunista.
O país é governado por Kim Jong-un, que assumiu o comando após a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011. Ele segue, assim como seu pai seguiu, a ditadura implantada por seu avô, Kim II-sung, desde quando o país foi criado, em 1948, durante a Guerra Fria, após a península coreana ser dividida em duas partes: Coreia do Norte (socialista) e Coreia do Sul (capitalista).
Em 1950, as duas Coreias iniciariam um confronto militar que durou 3 anos (Guerra da Coreia), cujo conflito até hoje não foi resolvido, sendo responsável pelo clima de tensão existente entre ambas as partes.
Com a assinatura do Armistício de Panmunjom, assinado em 27 de julho de 1953, ficou decidido que a fronteira definida em 1948 fosse mantida, assim como foi estabelecida uma zona desmilitarizada entre as duas nações, ou seja, uma faixa de segurança que protege o limite territorial entre as repúblicas coreanas. Esta possui 4 km de largura e 238 km de comprimento. Ela é considerada uma das áreas mais fortificadas e impenetráveis do mundo.
Sua economia é altamente centralizada no Estado, isto é, ela é planejada inteiramente pelo governo. As principais atividades econômicas são a agricultura (setor primário), com o cultivo de arroz, batata, soja e milho e, no setor secundário, com a indústria pesada. Alimentos, habitação, saúde e educação são assegurados pelo Estado.
Pyongyang, a maior cidade e capital do país, é o centro comercial da Coreia do Norte. A sua política de isolamento faz com que o comércio internacional seja muito restrito, tendo a China como principal parceiro comercial.
Assim como em Cuba, o contato com o mundo capitalista ou o ocidente é proibido pelo governo. Do mesmo modo que toda e qualquer informação que circule é analisada, inicialmente, pelo governo para só depois ser liberada ou não para a população.

Fontes de Consulta
. Guia do Estudante: Atualidades - 1º Semestre 2013
. Material didático (particular)
. Wikipedia

Postado: Marli Vieira de Oliveira



































4° Bimestre 

DADOS GERAIS:

Capital: Rio de Janeiro
Região: 
Sudeste
Sigla: RJ
Gentílico:
fluminense
População:
15.993.583 (Censo 2010)
Área (em km²):
43.696,054
Densidade Demográfica (habitantes por km²):
 366,01
Quantidade de municípios:
92

DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 222.564.408.000,00  (2003)
Renda Per Capita*:
R$ 14.639,00 (2004)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH):
0,807 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas: 
indústria, turismo, serviços e extrativismo mineral (petróleo).
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano):
19,5 por mil (em 2000*)
Analfabetismo:
4% (2001)
Espectativa de vida (anos):
72,4 (2000)
PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS
- Jardim Botânico
- Praias (Ipanema, Leblon, Copacabana, Botafogo, Flamengo, Buzios, Angra dos Reis, entre outras)
- Cristo Redentor
- Baia da Guanabara
- Pão-de-Açúcar
- Theatro Municipal
- Museu de Arte Contemporânea
- Museu Nacional de Belas Artes
- Museu de Arte Moderna
- Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista
- Forte de Copacabana
- Paraty (cidade histórica do período colonial)
GEOGRAFIA
Etnias: brancos (57%), negros (7%), pardos (36%)
Rios importantes:
Paraíba do Sul, Pomba, Muriaé, Itabapoana e Macabu.
Principais cidades: Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Niterói, Campos dos Goytacazes, Volta Redonda, Petrópolis, Magé.
Clima: tropical e tropical de altitude.

 

Economia



Grande parte da economia do estado do Rio de Janeiro se baseia na prestação de serviços, tendo ainda uma parte significativa de indústria e pouca influência no setor de agropecuária.
62,1% em representação do seu produto interno bruto representam a prestação de serviços em áreas como telecomunicações, audiovisual, tecnologia da informação - TI, turismo, turismo de negócios, ecoturismo, seguros e comércio. A cidade do Rio de Janeiro é sede da maior parte das operadoras de telefonia do país, como TIM, Oi, Telemar (Oi e Telemar são do mesmo grupo), Embratel,Vésper (a Embratel e Vésper também são do mesmo grupo) e Intelig (recentemente adquirida pelo grupo TIM). No setor de vendas em varejo o estado também ocupa posição de destaque. No Rio de Janeiro estão as sedes de grandes cadeias como Lojas Americanas - e, por conseguinte, de empresas por ela controladas como Blockbuster, Americanas.com e Submarino.com -, Ponto Frio e Casa & Vídeo.
Em seguida, com 37,5% do produto interno bruto vem a indústria - metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilistica, audiovisual, cimenteira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de petróleo. A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck, Glaxo, Roche, Arrow, Barrenne, Casa Granado, Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no bairro de Manguinhos, é o maior laboratório público da América Latina e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de inúmeros produtos de limpeza e desinfetantes também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se localiza um importante parque industrial, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional, (maior complexo siderúrgico da América Latina) instalada em Volta Redonda, PSA Peugeot Citroën, Volksvagen Caminhões e Ônibus (maior fábrica de caminhões do Brasil), Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), Guardian do Brasil, Galvasud, Indústrias Nucleares do Brasil, Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados, Companhia Estanífera Brasileira, Usinas Nucleares Angra 1, 2 e 3, entre outras. A Nissan também irá construir uma nova fábrica no município de Resende no sul do estado.[8]

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No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as maiores empresas do país, incluindo a maior companhia brasileira, a Petrobras. Além dela, Shell, Esso, Petróleo Ipiranga e El Paso Corporation mantêm suas sedes e centros de pesquisa no estado. Juntas, todas estas empresas produzem mais de quatro quintos dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do país. O governo do estado monitora a produção de petróleo e gás através do Centro de Informações sobre o Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro.
Finalmente, respondendo por apenas 0,4% do produto interno bruto fluminense, a agropecuária é apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e do Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o café, já tiveram considerável impacto na economia fluminense.
O estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil, perdendo apenas para São Paulo, e a quarta da América do Sul, tendo um Produto Interno Bruto superior ao do Chile, com uma participação no produto interno bruto nacional de 15,8% (2005 – Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sua capital é freqüentemente associada à produção audio-visual. Segundo dados do Ministério da Cultura, cerca de oitenta por cento das produtoras cinematográficas do país têm sede no Rio de Janeiro e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional. O Rio é sede da Herbert Richers, maior empresa de tradução e dublagem do Brasil e berço e quartel-general das Organizações Globo, maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da América Latina. Nominalmente, estão na cidade as sedes da Rede Globo de Televisão, da Globosat, maior empresa de televisão geradora de conteúdo por assinatura do país, da Rádio Globo e do jornal O Globo, primeira empresa da holding. Além da sede das organizações Globo, no estado está presente o RecNov, complexo de estúdios e dramaturgia da Rede Record. Também se sediou no Rio de Janeiro a Rede Manchete, fundada em 1983 e extinta em 1999. O estado (e especificamente a cidade do Rio de Janeiro),ultimamente tem se destacado como cenário para filmes estrangeiros, principalmente Norte-Americanos.
Recentemente, por determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade do Rio foi escolhida como cabeça de rede da TV Brasil, emissora estatal resultante da fusão da Radiobrás, de Brasília, com a Rede Brasil (TVE Brasil), já sediada na capital fluminense.

Infraestrutura

 Educação



O estado do Rio de Janeiro possui um dos maiores níveis de educação no BrasilApesar da precariedade, os estudos mostram que a nível nacional, escolas públicas fluminenses possuíram bons índices de aproveitamento no último censo.
O estado possui um bom número de universidades federais do Brasil, sendo elas: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. As demais, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Estadual da Zona Oeste, Universidade Estadual do Norte Fluminense também possuem grande destaque e são mantidas pelo governo fluminense.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2000 o Rio de Janeiro era o terceiro estado brasileiro por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 6,6% de sua população nessa faixa etária analfabeta. O estado estava atrás apenas do Distrito Federal (5,7%) e do estado de Santa Catarina (6,3%). Dados divulgados pelo mesmo instituto em 2008 indicam que o Rio é hoje o segundo estado do Brasil por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 4,3% dessa sua população analfabeta, perdendo apenas para o Distrito Federal. Entretanto, em relação ao índice de analfabetos funcionais (14,4%), o estado perde para o Distrito Federal (10,9%) e para São Paulo (14%), ficando na terceira posição na lista.

 Cultura



Niterói, uma das cidades mais conhecidas do estado. Em destaque, à esquerda, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói.
A pujança cultural do estado está espelhada principalmente na capital, a cidade do Rio de Janeiro. O município de Niterói, nos últimos anos começou uma grande revolução nesse setor quando houve a inauguração do Museu de Arte Contemporânea da Cidade (Obra de Oscar Niemeyer) e em breve a inauguração do Caminho Niemeyer, projeto do mesmo arquiteto do Museu de Arte Contemporânea, que contará com teatro, cinemas, museu, igrejas e um centro de memória.
Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada por produtoras sediadas na capital fluminense,[13] que possui, também, cerca de 180 salas de cinema, maior proporção do país entre as capitais, e a maior proporção também de museus, (80 no total e 43 teatros).[carece de fontes?]
Entre os principais museus do estado estão o Museu Imperial de Petrópolis, Museu Nacional de Belas Artes, o Museu Histórico Nacional, o Museu Histórico da República, o Museu da Chácara do Céu, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museu da Aviação Naval - Único do gênero no Brasil e o do Forte de Copacabana - Museu Histórico do Exército.
Também está em construção na capital fluminense, na Barra da Tijuca, a Cidade da Música Roberto Marinho, um complexo que abrigará a maior sala de concertos da América Latina.[14]

O Rio de Janeiro é um estado da região sudeste do Brasil, que possui uma área de 43.696,054 km². A capital do estado tem o mesmo nome do estado, ou seja, a capital tem o nome de Rio de Janeiro. A cidade do Rio de Janeiro, alias, é mundialmente conhecida como a “Cidade Maravilhosa”. O estado abriga a terceira maior população do país. Os limites do Rio de Janeiro são os seguintes:
o Norte e noroeste – Minas Gerais
o Sudoeste – São Paulo
o Leste e Sul – Oceano Atlântico
o Nordeste – Espírito Santo
O relevo do Rio de Janeiro é constituído por três unidades básicas, as terras altas, também chamadas de Planalto ou Serra Fluminense (acima de 200 metros de altitude), as terras baixas, também chamadas de Baixada Fluminense (abaixo de 200 metros de altitude) e os maciços litorâneos (formações rochosas, ao longo da costa, como, por exemplo, o Corcovado). O ponto mais alto do estado é o Pico das Agulhas Negras, com 2791 metros de altitude.
O litoral do estado é muito recortado, e se estende por 636 quilômetros, sendo que possui várias baías e um grande número de ilhas.
A Mata Atlântica, vegetação original em grande parte do estado, ocupa atualmente apenas um décimo dessa área, nas partes mais altas das serras do estado. Produzidos pela ocupação humana, surgiram os mangues e grandes áreas de campos. Uma amostra do que existia em termos de vegetação originalmente no estado pode ser observado na Floresta da Tijuca e no Maciço da Pedra Branca, que alias, são as duas maiores florestas urbanas do mundo.
O clima no estado do Rio de Janeiro varia de acordo com a proximidade do mar e do relevo. No planalto, ou Serra Fluminense, pode-se dizer que o clima predominante é o tropical de altitude, caracterizado pelas temperaturas mais amenas. Na Baixada Fluminense predomina o clima tropical semi-úmido, com temperatura média anual de 24° C. As chuvas são abundantes, sobretudo na base da Serra do Mar.
A maior parte dos rios fluminenses desemboca no Oceano Atlântico, sendo os mais importantes: Paraíba do Sul, Muriaé, Pomba, Macabu e Itabapoana. Além dos rios, o estado possui várias lagoas, sendo a maior a Lagoa Feia, e a mais conhecida, a Lagoa Rodrigo de Freitas, na capital.