segunda-feira, 27 de agosto de 2012


ESCOLA PÚBLICA DE TEMPO INTEGRAL

 

O governo vai liberar 1,4 bilhão de reais até o final do ano para ampliação do ensino em tempo integral nas escolas públicas. No semestre passado o valor já fora cogitado e anunciado e foi confirmado para o segundo semestre.  Os dados divulgados sobre o desempenho dos alunos de ensino médio da rede pública, no IDEB, dão claras demonstrações do muito que se tem a fazer para um ensino público de qualidade. A taxa de evolução não subiu nos últimos dois anos, manteve-se no índice de 3,4 entre a avaliação de 2009 e 2011. No ensino fundamental houve pequena melhora, com o índice de 5,0.

Sabemos como educadores que os índices são ainda muito baixos, assim como baixos são os investimentos concretos em setores essenciais à educação: como infraestrutura das escolas para que tenham condições de oferecer ensino em tempo integral (a maioria de nossas escolas não possuem tamanha capacidade e estrutura operacional); salários condizentes ao status que o profissional da área necessita; maior disciplina tanto nas escolas, como por parte dos alunos e dos pais; não devemos apenas inchar as escolas de alunos - manhã e tarde - que a educação vai melhorar.

 Há que se ter um planejamento estrutural para comportar os alunos sem aumentar o número razoável de alunos por sala, sem sobrecarregar o professor e que haja condições decentes e dignas aos educadores: maior número de funcionários (inspetores, coordenadores de turnos, equipe de manutenção, de serviços gerais, salas confortáveis e aprazíveis, material didático, salas de informática, salas para oficinas, atividades extras, cursos, aulas de reforço, etc.). Educação é coisa séria. É trabalho árduo em longo prazo, mas com iniciativas para ontem!

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